O Crítico Como Apreciador Comum

Me reporto sobre minha participação no Eneart Rio em estado de pássaro.

Das maneiras que pude presenciar, experimentar, e sugar e absorver ao máximo todas as capacidades que aquele evento me propunha, o que posso dizer é que minha vivência para com este não foi e jamais seria senão de espectador, semelhante ao que assiste de longe um acidente na rua. Isto se deve a algumas informações prévias: por questões ideológicas, mas principalmente financeiras, decidi que deveria atuar (passivamente) do Eneart apenas observando e curtindo tudo que dava pra se curtir sem pagar nada, o que não foi muito. Ora, acreditava que assim eu estaria criando um aproximamento semelhante ao daquele que é chamado de leigo para com as manifestações artísticas de uma cidade que, apesar de autonominada “pólo cultural”, se assemelha bastante com nossa cidade natal, quando se trata de arte para todos.

Infeliz decisão: mal saboreei o que estava ao meu alcance, senão algumas apresentações de dança e performances públicas.

Portanto, a relevância maior que reforço neste artigo, não é uma questão puramente artística como estamos acostumados a ler em resenhas críticas, mas sim, uma questão mais infraestrutural de um evento que apetece cultura desequilibradamente, e, queiramos ou não, uma questão que faz parte de toda uma gama de polaridades e potencialidades da manifestação.

No entanto, voltando para o puramente artístico, mas sem querer me prolongar demais neste, senti muita falta de um “porquê” em cada coisa, uma teoria, ou pelo menos um “pra quê fazer” mais convincente. Ficaria triste se soubesse que todas estas coisas só estavam ao alcance dos que se abastaram de mais arte do que eu naquele mês, mas como disse antes: por questões ideológicas, mas principalmente financeiras, jamais saberei.

Pedro Balduino

Leia Mais sobre o Eneart Rio: http://www.enearte.uerj.br/o-encontro/

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